HORÁRIO

terça-feira, 18 de julho de 2017


1) O que motivou a montar a banda Blasting? 


E com que propósitos? Primeiramente o que nos motivou a formar a Blasting foi a vontade de tocar, um sentimento que a maioria dos que fazem parte da cena underground compartilham. Sentir a energia em cima do palco e ter registradas as nossas composições. O propósito da banda era inicialmente, resgatar a pegada do Thrash Metal oitentista e mesclar com influências de Black Metal. Conforme as alterações de membros na banda e com o line up agora finalmente definido, começamos fundir a pegada do Thrash Metal com influências mais de Death Metal do que Black Metal, pois cada um de nós tocava anteriormente em bandas de diferentes vertentes. 

2) Vocês já têm experiências em tocar em outras bandas?

 A maioria sim. Eduardo Mendes (Baterista) tocou na Penitence (Black Metal), Baal Hamon (Black Metal), Sarcástica (Thrash Metal) dentre outras bandas. Eduardo Gomes (Guitarrista) tocou por alguns anos na banda Decimator (Thrash Metal). Valdir Freitas (Baixista e Vocalista) tocou na banda ChaosSign (Death Metal) e a Blackened (Thrash Metal). Alceu Neto (Guitarrista e Vocalista) é o único que tem a Blasting por sua primeira banda, passando anteriormente apenas por projetos que acabaram não se consolidando.

 3) Como está a atual line up? 

Como colocado anteriormente o line up atual da Blasting é composto por: Alceu Neto (Guitarra e Vocal) Valdir Freitas (Baixo e Vocal) Eduardo Gomes (Guitarra) Eduardo Mendes (Bateria) Estamos muito satisfeitos com a formação atual, pois conseguimos consolidar um bom entrosamento, com bons e experientes músicos, e principalmente, somos grandes amigos, temos uma convivência pessoal além de tocarmos juntos, somos irmãos, mesmo antes de ter um compromisso sério com a banda e, consequentemente com a cena underground. Achamos isso mais do que importante.

 4) Qual o sentimento para com o Thrash Metal? 

O que representa em suas vidas? O Thrash Metal, na nossa opinião, representa um pouco de nossas próprias vidas, nós vivemos isso. Ao pegar o ônibus, ao andar na rua, enquanto dirigimos, quando trabalhamos, não conseguimos estar desconectados do Thrash Metal, estamos sempre escutando e ou tendo idéias para composição. O Metal nos traz a tona o sentimento de euforia e ódio ao mesmo tempo. Nós vemos injustiça, violência, estupros, assassinatos, hipocrisia, política decadente, assaltos e roubalheira. Isso é algo que, infelizmente faz parte do nosso cotidiano e está em nossa essência para compor. Se formos nos aprofundar nestes sentimentos em particular, é possível passar horas falando, mas ninguém quer ficar lendo milhares de páginas sobre a Blasting filosofando a respeito disso. (Risos). O que temos de mostrar quanto a todo esse caos, acredito que fica bem evidente quando subimos em palco e expressamos o que sentimos em relação a todos esse acontecimentos. É o nosso momento de liberdade, pois ainda não podemos sair pelas ruas fazendo justiça com as próprias mãos.

 5) E sobre as letras, quem as compõe e quais temas abordados? 

Quando a Blasting iniciou, em setembro de 2007, quem escrevia as letras era o Eduardo Mendes, com foco em temáticas como o extermínio da humanidade e anti-cristianismo. Atualmente quem compõe as letras é o Alceu Neto. Na verdade, elas continuam seguindo a temática inicial, mas, abordando também assuntos sobre guerra, a hipocrisia do ser humano, corrupção e ocultismo.

 6) Comente sobre o single: Blasting Time.

 O single Blasting Time foi gravado no estúdio Áudio Visual Imagem Sonora, em Porto Alegre/RS. Gravamos esse single como a trilha de um minimetragem intitulado “Três maneiras de morrer e um sofá”. A gravação foi feita em uma noite e foi uma grande satisfação de ter o primeiro material da banda gravado depois de alguns anos na cena. 


7) Fale-nos mais sobre o EP: Bleeding The Creation of Lie. 

Devido a vários processos de formação, a Blasting enfrentou alguns problemas em encontrar membros que se encaixassem no nosso estilo em questão de seriedade e comprometimento. Na época da gravação do EP Bleeding The Creation Of Lie, decidimos então manter uma formação em “Power Trio”, pois éramos cinco, e a procura por outros integrantes estava nos frustrando. Gravamos o EP com Alceu Neto (Guitarra e Vocal), Valdir Freitas (Baixo e Vocal) e Eduardo Mendes (Bateria) no Estudio Hurricane, em 2013. Tínhamos sede por ter nosso material gravado. Conseguimos imortalizar quatro de nossas músicas mais clássicas que tocávamos desde que fundamos a banda. Foi um grande passo em questão de divulgação, pois acho que uma banda sem material não existe, não evolui e nem aparece.

 8) Vocês estão se apresentando bastante ao vivo? 

Quais foram os shows mais marcantes? Particularmente, acreditamos que poderíamos tocar mais ao vivo, mesmo assim, temos nos apresentado em um número relativamente razoável de vezes por ano. Estamos na esperança de que isso mude para melhor. Quanto aos shows mais marcantes, é difícil mencionar, pois em todos festivais que participamos, cada um teve a sua peculiaridade, mas vale mencionar que o primeiro show da Blasting, o Metal Ressurrection (2008), em Morro Reuter/RS, foi muito especial, com uma infra-estrutura e organização profissionais, incluindo o público, que nos ofereceu uma ótima receptividade. O show de estréia é sempre o mais marcante. Outro que vale a pena lembrar é o 1º Union Metal Devotion (2009), Em Brusque/SC. Foi um festival de três dias, com bandas e público que vieram de tudo quanto foi lugar para tocar e prestigiar. Participamos também de algumas edições do Storm Festival, realizado em São Leopoldo/RS, onde sempre fomos bem recebidos, Duelo de Titãs de Santa Maria/RS, o qual foi o nosso primeiro com a formação atual, o Profano Festival de Porto Alegre/RS, dentre outros. No geral, todos os festivais tiveram sua importância, estamos sempre dedicados a fazer um ótimo show para o público e contribuir com a cena. 

9) Como as pessoas podem entrar em contato e conhecer melhor a Blasting? E adquirir os lançamentos? 

Todos podem conhecer a Blasting e entrar em contato pela nossa página do Facebook. Também temos nossas músicas no SoundCloud. https://www.facebook.com/BlastingOfficial/ https://soundcloud.com/blastingofficial 

10) Como você vê a atual cena underground em Porto Alegre? 

Sinceramente achamos que poderia ser bem melhor. Comentamos anteriormente que tocamos razoavelmente em alguns festivais por ano. O que acontece é que algumas bandas daqui são mais visadas, são as mais procuradas, as mais favorecidas. Não estamos querendo desmerecer ou desrespeitar ninguém, apenas acreditamos que existem inúmeras bandas de bom nível musical, que não tem a mesma oportunidade de poderem também se destacar, bandas que tem o mesmo tempo ou mais de estrada, do que as que se sobressaem. Principalmente quando há apresentações de bandas de Metal estrangeiras, onde quase todos vão prestigiar, não temos chance de ver as bandas “D”, “E” ou “F” abrindo os shows, a não serem as mesmas “A”, “B” ou “C” de sempre. Talvez seja porque essas bandas de repente estejam pagando para abrirem esses shows ou, sejam elas as preferidas de quem está produzindo esses eventos. Sendo assim, fica complicado. E isso ocorre em festivais pequenos também. Falando bem toscamente, são as tais “panelinhas”! (Risos). Esperamos que essa situação venha a mudar um dia e que todas as bandas tenham as mesmas chances e oportunidades, que possam ser prestigiadas e respeitadas da mesma forma, pois lutamos, tocamos, vivemos pelo mesmo estilo e merecemos ter espaço e crescer juntos. 

11) Quais planos para o futuro?

 Estamos planejando gravar o nosso primeiro Full-Lenght entre o final deste ano de 2017 e o início de 2018. Com o novo line-up, a Blasting está de cara nova, evoluiu bastante musicalmente e acreditamos ter definido a identidade da banda. Estamos preparando umas dez faixas com músicas mais nervosas e agressivas para todos escutarem e prestigiarem. 

12) Obrigado pelo apoio ao zine. Alguma mensagem final?

 A Blasting agradece pela oportunidade da entrevista. Esperamos ter contribuído para o Hellsfriendszine, assim como para o público e o Underground. Um forte abraço Thrash Metal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário