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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

SYRINGA VULGARIS

 


Syringa Vulgaris. Nome e logo encontrado numa toalha de mesa num churrasco de domingo sem nenhuma pretensão. Real significado: planta / flor Lilás. Achou que o nome era uma sacadinha marqueteira? Errado! É só uma referência de como nossas vidas além de escrotas e agressivas também são delicadas e efêmeras. Isso já dá uma ideia do objetivo da dupla Syringa Vulgaris. A quebra de paradigmas. Com o saco cheio de seguir modelos e regras do metal tradicional, Marcelo Marzari (velho) e André Znort (mais velho) têm a ideia de montar uma banda de adolescentes em 2017 depois de assistir um show do The Meteors. Com cada um morando em cidades diferentes (Curitiba e Porto Alegre) levaram em torno de 1 ano para montar um repertório de músicas curtas e (praticamente) sem refrões que agradam poucos e deixam muitos irritados. Um dos motivos dessas reações é a mistura de antigas influências da época em que tocavam juntos em 1994 na banda de death metal Garbage (Santa Maria - RS) com coisas inusitadas como Michel Teló, U.D.R., punk, hardcore, axé, ska e psychobilly. Mas isso sem jamais perder a agressividade. Aliás, o importante para o Syringa é que a banda não passe em branco e que o público tenha alguma reação, nem que seja de nojo. Já tá valendo. Outro motivo de discórdia é que Marcelo Marzari “tem um nome a zelar” no mundo do metal extremo. Tendo participado da fase inicial da banda dos nossos amigos da Rebaelliun, alguns se sentem no direito de opinar negativamente sobre a direção(?) artística(?) que foi tomada. Isso só nos dá indícios de que estamos no caminho certo. Em breve, depois de alguns shows excelentes e outros duvidosos, serão lançadas as primeiras gravações (caseiras, ha!) nas plataformas digitais e alguma coisa em mídia física para difundir melhor esse nosso ódio contra os sistemas / religiões / bolsonaros / nazistas / fascistas e tudo que transforma nossas mentes e corpos em prisões. E parabéns pra quem chegou até aqui, afinal, quem se importa com press releases? Ouça e tire suas próprias conclusões.

Não estamos aqui pra ser mais uma banda de metal, estamos aqui para ser Syringa Vulgaris!


01) COMO SURGIU A IDEIA DE MONTAR A BANDA SYRINGA VULGARIS?


Nós estávamos há muito tempo sem tocar em nenhuma banda e em 2017, depois de um encontro em Curitiba pra ver um show, a gente percebeu que estava perdendo tempo e devia montar uma banda com apenas dois integrantes. Os motivos pra isso foram a afinidade e a facilidade pra agendar datas de ensaios e apresentações. Já que moramos em estados diferentes. Mas ainda demorou alguns meses para termos o primeiro ensaio e chegarmos ao nome Syringa Vulgaris.



02) COMO ESTÁ A ATUAL LINE UP?


É a mesma! Marcelo nos vocais e guitarra e eu (André) na bateria. E nunca mudará. Se alguém resolver sair é melhor terminar a banda pois não teria como manter a mesma cara de pau.



03) VOCÊS JÁ TOCARAM EM OUTRAS BANDAS? QUAIS? 


Eu toquei em bandas desconhecidas como: Sarcastic (Tubarão/SC), Asphyxia e Nothus (Florianópolis/SC), Garbage (Santa Maria/RS). Já o Marcelo passou pela mesma Garbage (Santa Maria/RS) onde nos conhecemos em 1993, Rebaelliun (Porto Alegre/RS), Sledge-Hammer (Porto Alegre/RS), Abhorrence (São José do Rio Preto/SP) entre outras.



04) QUAIS SUAS BANDAS E ÁLBUNS PREFERIDOS?


Vamos simplificar a resposta: Black Sabbath (Sabotage), Impetigo (Ultimo Mondo Cannibale) e todo tipo de barulho entre elas!



05) COMO DEFINEM O SOM DE SYRINGA VULGARIS?


Ainda estamos definindo isso. Mas a tendência é misturarmos nossa base OSDM com pitadas de outros estilos como, grindcore, punk, psychobilly, ska.



06) QUEM ESCREVE AS LETRAS E QUAIS TEMAS ABORDADOS?


Os dois escrevem letras. Elas podem ter um tom sério ou mais debochado, mas basicamente falamos sobre os conflitos humanos, religião, política, repressão e o que vier à cabeça. 


07) FALE NOS SOBRE AS APRESENTAÇÕES AO VIVO ?


Tocar ao vivo é a coisa mais legal quando se tem uma banda. Tentamos deixar alguma impressão no público, seja ela qual for. Damos toda a energia que temos pra isso.

A ideia é não passar em branco, fazer barulho e se divertir em cima do palco.


08) COMO FOI FEITO E PRODUZIDO O DIY RECORDING ON VINIL 7 E DIGITAL PLATAFORMS ¨SYRINGA VULGARIS" ?

Pela primeira vez gravamos tudo em casa. E fizemos isso com algum tipo de bebida envolvida o tempo todo, logicamente. Também resolvemos que não iríamos usar metrônomo nas músicas, pra deixar as coisas bem soltas mesmo. Acabamos gravando em momentos diferentes, com intervalos de semanas ou meses. Aproveitando para gravar quando o Marcelo voltava a Porto Alegre devido a alguma data de show ou coisa parecida. Primeiro captamos a bateria com uma guitarra guia. Como se fosse num ensaio, tocando todas as músicas em sequência. E em outros finais de semana, gravamos as guitarras e os vocais. Depois mixamos e masterizamos. Foi um grande aprendizado durante o processo. E o próximo já estará um pouco melhor, assim esperamos!



09) QUAL ATUAL MERCHANDISE? PARA ADQUIRIR MATERIAL DE SYRINGA VULGARIS?



O principal material que temos pra vender atualmente é o vinil 7” Syringa Vulgaris! Temos também bottons e panos de prato (isso mesmo). Em breve estaremos repondo as camisetas. Podem comprar acessando syringavulgaris.band/merch e podem nos contactar pelas mídias sociais para tirar dúvidas ou comprar direto. Damos um jeito!



10) Qual SUA VISÃO DA CENA UNDERGROUND NO RS?


Aqui temos muitas bandas de qualidade e relevância. Mas um dos problemas é a cena fragmentada em sub-gêneros e com poucas casas para as apresentações. Gerando, quase sempre, pouco público. E temos um problema que afeta todo o Brasil que é a falta de dinheiro. A galera tem pouca grana pra ir nos shows e ainda menos pra ajudar as bandas comprando merchandise. Não queremos dar a impressão que a cena no RS é fraca ou ruim. Mas temos espaço para crescer! Depende da gente e das condições de vida do pessoal que nos apoia.



11) QUAIS OS PLANOS PARA FUTURO?


Dominar o mundo? Não. Vamos tentar lançar mais material de estúdio ainda esse ano, tentar fazer algum vídeo a partir dos sons novos e começar a ensaiar para novas apresentações em 2022. Além disso, só o tempo dirá. A ideia é tocar até morrer ou não ter mais condições.


12) OBRIGADO PELO APOIO. ALGUMA MENSAGEM FINAL?


Muito obrigado pelo convite! Nos vemos pela rua em breve!















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